Cárie dentária

A cárie dentária é uma das doenças bucais mais comuns no mundo e sua origem é multifatorial e dinâmica. Ela ocorre devido ao desequilíbrio entre a desmineralização e a remineralização dos dentes, sendo favorecida por uma série de fatores relacionados à higiene bucal, dieta, características da saliva e presença de bactérias específicas na cavidade oral.
Como a cárie se forma?
O processo inicia-se com o acúmulo de placa bacteriana — também conhecida como biofilme dental — uma película fina composta por bactérias, resíduos alimentares, mucina e células epiteliais, que se forma naturalmente sobre os dentes em até 24 horas após a escovação.
Algumas bactérias, principalmente do grupo Streptococcus mutans, têm a capacidade de fermentar carboidratos, especialmente açúcares, produzindo ácidos que provocam a desmineralização do esmalte dental. Quando esse processo se repete de forma contínua, sem a devida higienização, inicia-se a formação da cárie.
Após cerca de 72 horas, a placa bacteriana pode se mineralizar com cálcio e fosfato, transformando-se no chamado tártaro, que é mais resistente e não pode ser removido apenas com escovação.
Principais fatores de risco para a cárie dentária
- Higiene bucal deficiente (controle inadequado da placa e do tártaro);
- Má formação dos dentes ou presença de sulcos e fissuras profundas;
- Dieta rica em carboidratos e açúcares, especialmente com consumo frequente;
- Baixa ingestão ou ausência de flúor;
- Redução no fluxo salivar (xerostomia), muitas vezes causada por medicamentos, radioterapia ou doenças sistêmicas;
- Fatores genéticos;
- Exposição constante a bebidas ácidas como refrigerantes, energéticos e sucos industrializados.
Vale destacar que o pH da boca abaixo de 5,5 é considerado crítico para a desmineralização do esmalte. Esse ambiente ácido favorece o ataque bacteriano e a progressão da cárie.
Cárie em bebês e crianças
Em crianças, o uso prolongado de mamadeiras com fórmulas, leite ou sucos, principalmente ao dormir, pode provocar a chamada “cárie do lactente” ou “cárie de mamadeira”. Nesses casos, o ideal é oferecer apenas água na mamadeira antes de dormir e iniciar os cuidados bucais desde os primeiros meses de vida.
Cárie em idosos
Idosos representam outro grupo vulnerável. O uso frequente de medicamentos que reduzem o fluxo salivar, a retração gengival (que expõe as raízes dos dentes) e a diminuição da coordenação motora — que compromete a higiene oral — aumentam significativamente o risco de cáries radiculares e complicações associadas.
Quando não tratada, a cárie pode evoluir e causar:
- Dor intensa
- Inflamações e infecções
- Destruição do dente
- Necessidade de extração
- Uso de próteses dentárias
- Prejuízo estético e funcional
Em crianças, pode levar à perda precoce dos dentes de leite, dificultando a erupção correta dos dentes permanentes.
Prevenção e cuidados
A melhor forma de prevenir a cárie é manter uma rotina de higiene bucal rigorosa, incluindo escovação adequada com creme dental com flúor, uso diário de fio dental, alimentação balanceada e visitas regulares ao dentista.
Agende sua consulta com um cirurgião-dentista e cuide da sua saúde bucal com quem entende do assunto. Sua saúde começa pela boca!
Periodontite

A periodontite é uma doença oral inflamatória crônica que destrói progressivamente o periodonto, termo usado para descrever o aparelho de suporte que envolve o dente, que inclui o tecido gengival, o osso alveolar, o cemento e o ligamento periodontal.
Ela geralmente se manifesta como um agravamento da gengivite, inflamação da gengiva devido ao acúmulo de bactérias e detritos entre a linha da gengiva e o dente, também conhecido como placa dentária. Gengivite é uma condição reativa que é reversível com a melhora da higiene oral. Periodontite é quando a condição periodontal progrediu além da gengivite para um estado de doença inflamatória crônica, destrutiva e irreversível. As bactérias podem então penetrar mais profundamente nos tecidos e no periodonto circundante. Isso desencadeia uma resposta do hospedeiro em uma tentativa de se defender contra as bactérias invasoras. No entanto, durante o processo de proteção contra as bactérias, as defesas do hospedeiro também levam à destruição do periodonto. A periodontite leva à perda de inserção do periodonto, que posteriormente progride para a perda óssea alveolar, resultando potencialmente na perda do dente afetado.
Práticas inadequadas de higiene oral desempenham um papel significativo no início e desenvolvimento da periodontite. Técnicas inadequadas de higiene oral podem levar ao acúmulo de bactérias e placa nos dentes, iniciando gengivite e potencialmente progredindo para periodontite.
Sintomas da periodontite
A dor geralmente está ausente nos estágios iniciais da periodontite. No entanto, pode surgir quando há uma infecção aguda em uma ou mais bolsas periodontais. A impactação de alimentos nessas bolsas pode gerar dor localizada durante as refeições.
Outros sinais clínicos incluem:
- Gengivas sensíveis, avermelhadas e com sangramento fácil;
- Presença de placa bacteriana em grande quantidade;
- Gengivas com edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão) e exsudato (liberação de secreções);
- Halitose persistente (mau hálito);
- Sensação de gengiva retraída;
- Dentes amolecidos, principalmente quando apenas um terço da raiz está ainda fixado ao osso;
- Dor ao mastigar, com dificuldade para se alimentar corretamente.
Para todas as formas de periodontite, a primeira fase do tratamento consiste em uma minuciosa raspagem — também chamada de limpeza profissional, que pode ser feita com instrumentos manuais ou ultrassônicos — para remover a placa bacteriana e os cálculos aderidos aos dentes.
Em seguida, realiza-se o alisamento radicular, que é a remoção cuidadosa do cemento ou dentina comprometidos por toxinas, seguida do polimento das raízes dentárias. O objetivo é criar uma superfície limpa e lisa, dificultando a nova aderência de bactérias.
Além do procedimento clínico, é essencial manter uma higiene bucal meticulosa em casa, incluindo escovação adequada e uso diário de fio dental. O sucesso do tratamento depende diretamente da colaboração do paciente.
Abcessos odontogênicos

O abscesso odontogênico é uma infecção de origem dentária caracterizada pelo acúmulo de pus em uma região da cavidade oral. Esse processo é causado por bactérias patogênicas e pode acometer diferentes estruturas bucais, dependendo de sua origem.
Tipos de abscesso odontogênico
O abscesso pode se desenvolver em diferentes áreas da boca e, por isso, é classificado em:
Abscesso periapical (endodôntico): ocorre no interior do dente, especialmente nos canais radiculares, geralmente como consequência de uma cárie profunda ou necrose pulpar.
Abscesso periodontal: afeta os tecidos de suporte do dente, como gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar, geralmente decorrente de uma periodontite.
Abscesso pericoronário: surge na gengiva ao redor de um dente parcialmente erupcionado (semi-incluso), sendo comum em terceiros molares (dentes do siso).
Também podem ser classificados de acordo com sua evolução clínica:
Abscesso agudo: de instalação rápida, geralmente doloroso, com sinais de inflamação evidentes.
Abscesso crônico: mais discreto, pode formar uma fístula por onde o pus drena, diminuindo a dor, mas mantendo o foco infeccioso.
Os sinais clínicos mais comuns incluem:
- Dor moderada a intensa, pulsátil e localizada;
- Inchaço na gengiva, face ou região próxima ao dente acometido;
- Febre em casos de infecção mais avançada;
- Sensibilidade ao toque ou mastigação;
- Aumento dos linfonodos no pescoço (ínguas).
- Em alguns casos, pode haver saída de pus pela gengiva.
Diversos fatores podem contribuir para o surgimento de um abscesso odontogênico. Os principais são:
- Cárie dentária não tratada
- Necrose pulpar (morte da polpa do dente)
- Doença periodontal avançada
- Dente semi-incluso com acúmulo de resíduos e bactérias
- Traumas dentários ou fraturas
- Complicações pós-operatórias
- Higiene bucal inadequada
As infecções odontogênicas, como os abscessos, não devem ser negligenciadas. Quando não tratados adequadamente, esses processos infecciosos podem se disseminar através da corrente sanguínea, atingindo outras regiões do corpo, como coração, pulmões e cérebro — colocando a saúde geral e, em casos graves, até a vida em risco.
Herpes labial

O herpes labial é uma infecção comum, contagiosa e recorrente, causada pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1). Ela se manifesta principalmente através de pequenas bolhas dolorosas nos lábios, podendo também causar ardência, coceira e rachaduras na pele da região.
Embora seja mais conhecido pelas lesões visíveis, o herpes pode permanecer assintomático por longos períodos, e inclusive afetar bebês e crianças pequenas.
O vírus HSV-1 é altamente contagioso e pode ser transmitido por meio de:
- Beijos ou contato direto com a pele de alguém infectado
- Compartilhamento de objetos como copos, talheres, toalhas ou batons
Contato com lesões ativas (a transmissão acontece principalmente quando as bolhas estão visíveis).
Após a infecção inicial, o vírus permanece adormecido no organismo, instalado nos gânglios nervosos, podendo ser reativado em momentos de baixa imunidade ou estresse físico e emocional.
Os primeiros sinais da infecção geralmente aparecem 48 horas antes do surgimento das bolhas, e incluem:
- Formigamento, coceira ou queimação nos lábios;
- Vermelhidão localizada;
- Inchaço e dor ao movimentar a boca;
- Surgimento de bolhas agrupadas;
- Rachaduras e feridas abertas após o rompimento das bolhas;
- Em infecções primárias (primeira vez), pode haver febre e mal-estar.
Na maioria dos casos, o herpes labial desaparece espontaneamente em cerca de 7 a 10 dias, conforme o sistema imunológico combate o vírus.
Entretanto, o uso de pomadas antivirais (como aciclovir ou penciclovir) pode ajudar a reduzir o tempo de duração das lesões, aliviar sintomas como dor e coceira e evitar o agravamento das feridas.
Candidíase oral

A candidíase oral, também conhecida popularmente como sapinho ou monilíase oral, é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, especialmente da espécie Candida albicans. Esse microrganismo já faz parte da microbiota natural do corpo humano, estando presente na boca, trato gastrointestinal e região genital. Porém, em determinadas situações, pode se proliferar de forma anormal e causar infecção.
Por que a candidíase oral aparece?
Em condições normais, o sistema imunológico controla o crescimento da Candida. No entanto, quando há uma queda na imunidade, o organismo fica vulnerável, facilitando o surgimento da infecção. Por isso, a candidíase oral é mais frequente em:
- Bebês e crianças pequenas
- Idosos
- Pacientes imunossuprimidos (como portadores de HIV, pacientes oncológicos ou transplantados)
- Usuários de próteses mal higienizadas
- Pessoas em uso prolongado de antibióticos ou corticosteroides
Outros fatores como tabagismo, má nutrição, boca seca e higiene oral inadequada também favorecem a infecção.
A candidíase oral pode se manifestar de formas diferentes, e é classificada conforme a aparência clínica das lesões:
Candidíase pseudomembranosa: é a forma mais comum. Caracteriza-se por placas esbranquiçadas, com aparência semelhante a leite coalhado, que ao serem removidas, revelam uma mucosa avermelhada e sensível.
Candidíase eritematosa (atrófica): apresenta-se como manchas avermelhadas, geralmente sem placas. Pode causar ardência, principalmente em pacientes que usam próteses ou fizeram uso recente de antibióticos.
Candidíase crônica hiperplásica: menos comum, forma lesões brancas espessas, opacas e de aspecto áspero, que não se desprendem com facilidade. Costuma aparecer em fumantes e requer atenção, pois pode ter relação com lesões potencialmente malignas.
As áreas mais afetadas incluem língua, parte interna das bochechas, céu da boca, lábios, gengiva e amígdalas.
Os sintomas da candidíase oral podem variar de acordo com o tipo da lesão, mas os mais comuns incluem:
- Placas esbranquiçadas e pastosas na boca
- Vermelhidão nas mucosas
- Lesões que lembram aftas
- Ardência e dor ao se alimentar ou falar
- Gosto amargo ou metálico na boca
- Mau hálito
Em casos mais leves, a infecção pode ser assintomática, sendo descoberta apenas durante a consulta odontológica.
O tratamento depende da gravidade do caso, da causa e do estado geral do paciente. Os principais recursos terapêuticos incluem:
- Antifúngicos tópicos, em forma de gel ou solução bucal;
- Antifúngicos sistêmicos, em casos mais graves ou persistentes;
- Correção de próteses mal adaptadas ou mal higienizadas;
- Melhora da higiene bucal;
- Interrupção ou ajuste no uso de medicamentos que predispõem à infecção (com orientação médica).
Câncer bucal

O câncer bucal é um tipo de tumor maligno que pode se desenvolver em diferentes regiões da cavidade oral, como os lábios, gengivas, língua, bochechas, céu da boca (palato) e assoalho bucal.
Na maioria dos casos, esse tipo de câncer se manifesta por meio de feridas persistentes, aftas que não cicatrizam, nódulos ou manchas esbranquiçadas e avermelhadas. Um sinal de atenção é qualquer lesão na boca que não cicatriza em até 21 dias. Nesses casos, é essencial procurar um especialista – como um cirurgião de cabeça e pescoço – para investigação e diagnóstico correto.
Outro alerta importante são os gânglios aumentados no pescoço (ínguas), que podem indicar metástases, ou seja, a disseminação do câncer para os linfonodos cervicais, sugerindo um estágio mais avançado da doença.
Quem está mais sujeito ao câncer bucal?
Embora o câncer de boca possa atingir pessoas de qualquer idade, é mais comum em homens acima dos 50 anos. Entre os principais fatores de risco estão:
- Tabagismo (uso de cigarros, charutos, cachimbos e narguilé)
- Consumo frequente de bebidas alcoólicas
- Infecção pelo vírus HPV
- Uso de próteses mal ajustadas
- Má higiene bucal
- Exposição excessiva ao sol (no caso de câncer nos lábios)
A prevenção do câncer de boca está diretamente ligada a hábitos saudáveis, como evitar o cigarro e o álcool, manter a saúde bucal em dia, visitar regularmente o dentista e usar proteção solar labial. Além disso, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.
Consultas periódicas ao dentista são fundamentais para identificar precocemente qualquer alteração suspeita, permitindo o encaminhamento rápido a um especialista, se necessário.
Halitose

A halitose não é, por si só, uma doença, mas um sinal de que algo está em desequilíbrio no corpo ou na cavidade bucal. Ela pode ser temporária ou persistente, dependendo da origem do problema.
Confira abaixo as principais causas e tipos de halitose:
Halitose matinal
É a forma mais comum e fisiológica da halitose. Normalmente desaparece após a higienização bucal ao acordar.
Halitose por má higiene bucal
Quando o mau odor persiste ao longo do dia, a principal causa costuma ser a higiene bucal inadequada. A saburra lingual – uma camada esbranquiçada que se forma sobre a língua – é um dos grandes vilões, formada por células descamadas, restos alimentares e bactérias.
Além disso, falta de escovação correta, ausência de uso do fio dental e acúmulo de placas bacterianas podem levar ao surgimento de cáries, gengivite e periodontite, agravando ainda mais o problema.
Halitose causada por medicamentos
Alguns remédios podem interferir na produção de saliva (xerostomia), alterar o paladar ou o olfato, o que contribui para o surgimento do mau hálito. Antidepressivos, anti-hipertensivos e diuréticos são exemplos comuns.
Halitose alimentar
Certos alimentos, como alho, cebola, café e bebidas alcoólicas, possuem compostos que são absorvidos pelo organismo e eliminados pelos pulmões, alterando temporariamente o odor do hálito.
O jejum prolongado também favorece a halitose, pois estimula a quebra de proteínas e fermentação bacteriana na boca.
Halitose por doenças sistêmicas
Algumas condições de saúde podem causar ou intensificar o mau hálito. Entre elas: diabetes descompensado, doenças renais e hepáticas, rinite, sinusite e amigdalites crônicas, câncer de boca ou garganta, estresse, refluxo gastroesofágico e adenoides aumentadas.
Halitose causada por tabagismo e uso de drogas
O uso de cigarro e outras substâncias interfere diretamente na saúde bucal e na produção de saliva, criando um ambiente favorável à proliferação bacteriana e ao surgimento de odores desagradáveis.
O primeiro passo é realizar uma avaliação odontológica completa, que inclui o exame clínico da boca, língua, gengivas e dentes. Em alguns casos, exames complementares e encaminhamento a outros especialistas podem ser necessários.
Independente da causa que esteja por trás da halitose manter uma rotina rigorosa de higiene oral é essencial para o sucesso do tratamento e controle do mau hálito.
Entre os cuidados indispensáveis estão:
Escovação adequada dos dentes após todas as refeições principais: isso remove resíduos alimentares e impede a formação de placa bacteriana, que é uma das grandes vilãs do mau hálito.
Uso diário do fio dental: a limpeza entre os dentes alcança áreas que a escova não consegue atingir, prevenindo o acúmulo de restos de alimentos e bactérias causadoras de odores desagradáveis.
Higienização completa da língua, especialmente antes de dormir: a escovação ou raspagem da língua ajuda a eliminar a saburra lingual, uma das principais fontes da halitose persistente.
Além disso, é importante:
- Evitar o consumo excessivo de alimentos com odor forte, como alho, cebola e bebidas alcoólicas.
- Manter-se bem hidratado, pois a saliva é um agente natural de limpeza da boca e sua produção adequada é essencial para o equilíbrio do hálito.
- Consultar regularmente o dentista, para acompanhar a saúde bucal e identificar precocemente qualquer alteração.
Afta

As aftas são pequenas úlceras dolorosas que surgem dentro da boca, geralmente já na infância, e tendem a reaparecer com frequência ao longo da vida. Os primeiros sinais costumam ser dor ou ardência localizada, que evoluem em um ou dois dias para uma lesão esbranquiçada ou amarelada com bordas avermelhadas. Diferente de outras lesões, as aftas não formam bolhas.
Apesar do seu tamanho reduzido, a dor causada por uma afta costuma ser intensa e desproporcional, durando de 4 a 7 dias. O desconforto pode atrapalhar a alimentação, a fala e até o sono.
O tratamento tem como objetivo aliviar a dor. São indicadas as mesmas medidas usadas para outras feridas bucais, como analgésicos tópicos, pomadas com ação anti-inflamatória e cuidados com a higiene oral. Em muitos casos, os médicos recomendam o uso de enxaguantes bucais com clorexidina, que ajudam a manter a região limpa e a prevenir infecções secundárias.
Quando há múltiplas lesões ou episódios muito frequentes, o uso de corticosteroides por via oral pode ser considerado.
Xerostomia

A xerostomia, conhecida como boca seca, é uma condição frequentemente relatada por pacientes que se queixam de dificuldade para engolir (disfagia), alterações no paladar, sensação de ardência bucal e desconforto ao falar. Esses sintomas estão diretamente ligados à redução do fluxo salivar, que, por sua vez, pode desencadear uma série de complicações bucais importantes.
Entre os problemas mais comuns associados à hipossalivação, destacam-se o aumento da incidência de cáries, infecções fúngicas (como candidíase oral e queilite angular) e dificuldade de retenção de próteses dentárias, especialmente em idosos.
Por essas razões, a xerostomia não deve ser negligenciada, pois pode impactar diretamente a saúde bucal, o bem-estar geral e a qualidade de vida dos pacientes.
O manejo clínico da xerostomia depende da identificação e controle das causas subjacentes. A seguir, as principais estratégias recomendadas:
- Controle da causa quando possível
- Substituição de medicamentos que reduzam a produção salivar
- Interrupção do tabagismo
- Controle eficaz de doenças sistêmicas (como diabetes e Síndrome de Sjögren);
- Redução do consumo de álcool e cafeína.
- Estímulo da salivação: com uso de gomas de mascar sem açúcar pode ativar o fluxo salivar de forma natural.
- Estimulação química: com medicamentos ou substâncias específicas prescritas por profissionais
- Acupuntura
- Cuidados com a higiene oral: escovação com escovas de cerdas macias e uso de cremes. dentais fluoretados sem lauril sulfato de sódio (SLS), que pode irritar ainda mais a mucosa bucal.
- Hidratação contínua: incentivar o consumo frequente de água, preferencialmente gelada, para aliviar a sensação de boca seca.
- Uso de saliva artificial.
Vivace Odontologia
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Dra. Renata Pereira Silva
CRO-GO 6323
Especialista em Prótese dentária e Clínico Geral